Ações sustentáveis vêm ganhando cada vez mais adeptos aos arredores do mundo. E no mundo dos vinhos, consumidores buscam uma cultura de consumo sustentável. E com isso, os amantes de vinhos são direcionados a um mercado de inovação, garantido mais qualidade e menos impacto ambiental, com técnicas que respeitam o meio ambiente.
E o que seria os vinhos orgânicos, biodinâmicos e naturais? Vamos as diferença entre eles!
Vinhos Orgânicos:
O processo de produção de um vinho orgânico é idêntico ao de um vinho comum, o que os diferencia um do outro é a pureza da matéria prima. Os vinhos produzidos nesses vinhedos não utiliza defensivos químicos, e utiliza a própria natureza no controle de pragas. E em substituição a eles, se necessário, os produtores orgânicos utilizam a biodiversidade, o que garante o equilíbrio do vinhedo.
Mas apesar de respeitar a diversidade biológica do ecossistema da vinha e práticas de sustentabilidade na vinificação, ainda é permitido o uso de leveduras selecionadas e o conservante dióxido de enxofre, sendo esse último em quantidades reduzidas se comparados à vinicultura tradicional.
Vinhos Biodinâmicos:
Nesse modelo de agricultura, o
método é mais rigoroso em relação ao nível de respeito e rigor nos cuidados com o solo e com a vinificação, além de aplicar todas as práticas da agricultura orgânica, acrescenta também a influência do cosmos através da astrologia. A mineralização do solo, a plantação e o engarrafamento do vinho é feito de acordo com os ciclos lunares: tudo garante o completo equilíbrio do solo.
“Nesse tipo de cultivo a proposta é o retorno às técnicas ancestrais de agricultura. O cultivo da videira leva em conta as fases da lua, as estações do ano e os ritmos da natureza para determinar os momentos mais adequados para o plantio, poda e colheita”, diz Zangerolamo.
Os vinhos orgânicos e biodinâmicos podem ser guardados por um período diversas vezes maior, inclusive.
Uma curiosidade: os ícones lChâteau Pétrus e Romanée-Conti, são feitos com conceitos da biodinâmica e não usam conservantes químicos.
Vinho Natural:
Já nesse modelo, o vinho natural segue preceitos ora orgânicos e algumas vezes biodinâmicos, evitando a utilização de compostos químicos, aditivos e procedimentos tecnológicos, seja na cultura das uvas ou no processo de vinificação. O intuito émanter ao máximo as características naturais da uva, realçando seus aromas e sabores no vinho. Por um lado, a falta desses conservantes pode reduzir o tempo de vida da bebida.
Não há um regulamentação sobre o uso do termo “vinho natural” e cada produtor pode interpretar da maneira que quiser.
Cerificações:
Segundo Andre Zangerolamo, para reconhecer se um vinho é orgânico ou biodinâmico, o sommelier aconselha ficar de olho em algumas certificações. No Brasil, a certificação mais famosa é a Orgânico Brasil. Já internacionalmente, as mais famosas são IMO, para os vinhos orgânicos, e Demeter, para os biodinâmicos. Com relação ao vinho natural, não existe qualquer certificação ou legislação por trás da prática, cada produtor a descreve de uma forma diferente.
Qual a melhor escolha?
Não é fácil perceber, em uma degustação, na boca, se determinado rótulo é convencional, orgânico, natural, biodinâmico. E também não há como afirmar que esses vinhos sejam mais ou menos saborosos do que os outros, elaborados de forma “convencional”.
O mais importante é que os vinhos sejam bem-feitos, não importa se são convencionais, orgânicos, naturais ou biodinâmicos.
De qualquer forma, saber como o vinho foi feito, com que cuidado as uvas foram tratadas, implicará em uma impressão diferente sobre o que estamos provando.
Conclusão:
Agora que falamos das diferenças entre os vinhos orgânicos, biodinâmicos e naturais, podemos decidir qual deles mais se encaixa no seu perfil de consumidor e já temos motivos suficientes para degustá-los.
Fontes diversas de vinhos na web, em especial Revistas Adega e Exame.
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