Nova Aliança se aproxima do centenário consciente de sua responsabilidade social e com efetivas práticas junto aos cooperados e funcionários para garantir o futuro das próximas gerações
O trato com cada família cooperada, o uso consciente dos recursos naturais, o destino correto dos resíduos e o estímulo à produção orgânica fazem parte de uma rede de ações que a Cooperativa Vitivinícola Nova Aliança construiu nesses 95 anos de história e trabalho, e que não abre mão. Hoje, são cerca de 700 famílias cooperadas que, juntas mantém 2.000 hectares de vinhedos na Serra Gaúcha para engarrafar mais de 100 rótulos de vinhos, espumantes e sucos, que chegam à mesa dos brasileiros todos os dias. Como a cooperativa vitivinícola mais antiga em operação no Brasil, a Nova Aliança segue firme seu propósito de se tornar cada vez mais sustentável com práticas que se estendem, também, aos mais de 250 funcionários nas três unidades - matriz em Flores da Cunha, e filiais com processamento em Farroupilha e Santana do Livramento.
A proteção ambiental é um compromisso que envolve as famílias de cooperados e os funcionários. São práticas implantadas e consolidadas que seguem protocolos em relação ao uso da água, energia solar, efluentes, resíduos orgânicos, recicláveis e não recicláveis, além de logística reversa. A água utilizada nas unidades, por exemplo, vem de poços artesianos com adequado tratamento. A qualidade é acompanhada de perto através de análises laboratoriais diárias. A cooperativa também faz o reaproveitamento da água da chuva, captada e armazenada em três cisternas de 670.000m³, usada na utilização e limpeza de equipamentos como caldeira, sistema frio e torres de resfriamento.
A empresa possui duas fazendas solares, uma em Santana do Livramento e outra em Farroupilha. São usinas fotovoltaicas que geram energia limpa para as três unidades da cooperativa. Hoje, a geração mensal é de cerca de 20.000 KWh, com projetos de expansão. Isso também garante uma redução média de 78.000kg de CO2 e 4.000 árvores que não precisam ser cortadas.
Outro importante investimento da Nova Aliança foi a construção de uma estação de tratamento de efluentes com capacidade para tratar 7.876 m³ por mês. O sistema faz tratamento biológico de todos os lodos ativados com até 98% de eficácia, além de um tratamento físico-químico para completar os 100%. Diariamente, é feito o acompanhamento com análise dos parâmetros físico-químicos, avaliação que se torna efetiva com controle mensal feito por um laboratório competente. Assim, a Nova Aliança garante o descarte total sem danos à biota e ao bioma. Em 2023, a vinícola tratou 46.688 m³ de efluentes.
O uso de embalagens mais sustentáveis, que reduzem a emissão de CO2 em toda cadeia produtiva, otimizando a logística, os custos e mantendo a segurança dos consumidores, não é novidade. Aliás, resíduos como papel, plástico, vidro, metal, rolhas de cortiça, bombonas de insumos, tambores metálicos e as próprias embalagens Tetrapak, são enviados para recicladores e transformados em produtos, uma forma de gerar renda também para famílias que dependem deste serviço. Já os resíduos orgânicos, responsáveis por 72% de tudo o que é gerado pela vinícola, como lodo da Estação de Tratamento de Esgoto, borra e terra filtrante, cal e cinza da caldeira, são enviados para a compostagem, a fim de se transformarem em adubo. O bagaço da uva, que compõe a maior parte deste tipo de resíduo, são despachados para a utilização na alimentação de animais. Já o engaço é aproveitado para a extração de taninos.
Quanto aos resíduos não recicláveis (1%), como varrição, sacos de bag, sacos laminados, EPIs, toner, entre outros, a Nova Aliança envia para fornos de cimenteiras para uso como alternativa de combustível na fabricação de cimento. Enfim, todos os resíduos gerados, independente de serem recicláveis ou não, são destinados aos empreendimentos licenciados capazes de realizar o devido reaproveitamento sem impactar no meio ambiente. Outra prática da vinícola é a logística reversa (18%), adotada para pallets, pilhas, bombonas, lâmpadas e baterias, devolvidos aos fornecedores, realizando, assim, o ciclo completo.
A cooperativa desenvolve, ainda, um projeto de uva orgânica que envolve cooperados, sendo uma das maiores produtoras no segmento da América Latina. O objetivo é o uso racional de defensivos, gerando o menor impacto possível no meio ambiente, além de engarrafar sucos mais naturais e, portanto, mais saudáveis, agregando renda aos cooperados.
Um pouco de história
A Cooperativa Nova Aliança (2010), hoje com cerca de 700 famílias cooperadas, surgiu da união de cinco cooperativas vitivinícolas da Serra Gaúcha: Cooperativa São Victor (1929), Cooperativa São Pedro (1930) e Cooperativa Santo Antônio (1931), de Flores da Cunha, Cooperativa Aliança (1931) de Caxias do Sul, e Cooperativa Linha Jacinto (1931), de Farroupilha. Juntas, elas se transformaram em uma única família, reunindo pessoas, valores e histórias de trabalho e superação enraizadas em gerações de descendentes de italianos. Toda uva processada anualmente vem dos cooperados com propriedades em cidades da Serra Gaúcha, Serra do Sudeste e Campanha Gaúcha, que somam 2.000 hectares, além dos vinhedos próprios cultivados em Santana do Livramento onde, numa área de 400 hectares, a vinícola mantém 50 hectares de vinhas vitis viníferas. Assim, o portfólio de mais de 100 rótulos entre espumantes, vinhos finos e de mesa, suco de uva, frisante, filtrado e quentão, expressam o terroir de quatro distintas regiões gaúchas. Com uma das maiores e mais modernas plantas industriais de suco de uva da América Latina (24.000 metros quadrados), a matriz em Flores da Cunha possui capacidade para processar até 60 milhões de quilos de uva por ano. Agora, a Nova Aliança segue focada em manter sua participação no mercado de sucos e ampliar as vendas de seus reconhecidos vinhos finos e espumantes.
Imagens: Divulgação Nova aliança
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